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Pandemia deu origem ao consumidor 5.0, revela o especialista Arthur Igreja

27/05/2020 - 08h39

Como o consumidor e as novas tecnologias influenciarão as estratégias na cadeia agroindustrial? O cofundador da AAA Inovação e autor do livro Conveniência é o nome do Negócio, Arthur Igreja, deu várias respostas e provocações sobre o assunto, na tarde desta terça-feira (26.05), durante live promovida pela Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt) como parte da Semana da Indústria.

Confira alguns insights:

- Mato Grosso tem uma série de características que criam certa barreira de proteção na crise do coronavírus, como a densidade demográfica menor.

- Vemos uma antecipação da transformação digital provocada pela Covid-19.

- Essa crise evidencia que muitas empresas não estavam preparadas para essa mudança repentina, com menos burocracia.

- Toda crise traz uma quebra comportamental em virtude da necessidade. A atual necessidade requer empresas mais ágeis e enxutas.

- É uma boa oportunidade para se reinventar, e isso fortalecerá a empresa.

- Não adianta desejar 2019 de volta, nunca vai acontecer. E a vida só voltará à relativa normalidade quando tiver vacina para a Covid-19.

- Estamos vendo um mundo que se digitalizou e mudou a relação de consumo.

- O coronavírus é um agravador de desigualdades, como o acesso à tecnologia. Mas essa crise não traz uma grande novidade, além da comportamental. Ela traz uma urgência em mudar coisas que estavam sendo postergadas, como a digitalização.

- As melhores previsões para e-commerce foram antecipadas em três anos, no mínimo. Mais gente comprando na internet, com mais frequência e em mais segmentos.

- Nos EUA, o e-commerce demorou 10 anos para sair de 5,6% para 16%. Em oito semanas saltou para 27%.

- É uma economia de ir até o consumidor, é preciso ser proativo.

- Fórmula do sucesso: A empresa deve pensar quais competências e vantagem competitiva possui e conciliar com o que o mercado está pedindo.

- Posicionamento estratégico equivocado frente à pandemia agrava a crise para diversas empresas, como comunicações equivocadas ou não protegeram os colaboradores.

- O Brasil está em promoção: estamos com muito dólar saindo do Brasil, a Selic com deflação e teremos dificuldade com atração de capital. Isso beneficia uns setores e prejudica outros.

- Quem estiver exportando vai surfar a onda do dólar alto.

- O cenário pode favorecer o setor da construção civil, porque teremos ativos baratos, possibilidades de valorização futura e taxas de juro baixas.

- O agronegócio vai ser, mais uma vez, o amortecedor da economia brasileira. Isso por conta do dólar alto, produtividade boa e a atividade que menos necessitou paralisar atividades durante a pandemia.

- Consumidor 5.0 é o novo perfil pós-pandemia. Ele é ansioso, inquieto, impetuoso, bem informado, compara produtos e não tolera processos que não funcionam bem. “Antes o consumidor era rei. ”Em 2020 ele não é Deus, porque Deus perdoa” .

- Até não ter vacina, vamos incorporar hábitos de higiene e proteções para preservar a saúde. Isso é o que vai permitir as pessoas transitarem. É imprescindível que lojas e empresas ofereçam itens necessários para garantir que o consumidor sinta-se seguro.

- É o momento da economia sem contato – Contactless - para evitar transmissão da doença, como as maquininhas de cartão que só necessitam da aproximação do cartão.

- É fundamental entender a jornada do consumidor: Escutar as preocupações e medo dos consumidores e colaboradores e ver como protegê-los. Agora é a hora de ouvir o consumidor e adaptar/mudar os processos.

- Temos 3 grupos de empresas: as que estavam fazendo dever de casa e estavam mais adaptadas para esse futuro. As empresas que estão resistindo – se demorarem a mudar vão ter problemas daqui a poucos anos; E as que entenderam que o mundo mudou e estão se adaptando à nova realidade.

- Já estávamos em um mundo acelerado, mas o ano de 2020 o acelerou ainda mais. A Covid-19 é a força transformadora para muitas empresas entrarem no mundo digital.

- “Espero que a gente saia desse momento com mais maturidade, causando mais impacto positivo nas vidas das pessoas e com mais humanização”.

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