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Semana da Indústria: Dr. Augusto Cury ensina como administrar suas emoções nesta pandemia

29/05/2020 - 17h28

A última live da Semana da Indústria foi com o psiquiatra, professor e escritor Augusto Cury. Ele deu valiosas dicas e ferramentas para auxiliar no gerenciamento das emoções e conseguir lidar com períodos críticos e incertos sem prejudicar a saúde, produtividade e as relações interpessoais.

Confira alguns tópicos da live:

- Muitas vezes as emoções nos sabotam criando armadilhas que, se não soubermos desatá-las, nos tornam escravos vivendo em sociedade livre.

- As pessoas, cada vez mais, precisam de muitos estímulos para sentir migalhas de prazer. Este é um fenômeno deste século, desta era, e que tem se intensificado mais na pandemia.

- Há uma explosão de transtornos mentais, de suicídios, de violência doméstica, uma diminuição de tolerância às frustrações e uma explosão de autopunição, porque as pessoas são algozes de si mesmo e não sabem namorar a própria vida.

- Precisamos conhecer quem somos, conhecer o planeta insondável da mente humana, para que o nosso “eu” - que representa a capacidade de escolha - possa gerir a única empresa que não pode falhar, a mente. Do contrário, todo o resto desmorona.

- Antes de uma empresa entrar em decadência, primeiro entra em falência a mente humana – a do seu gestor.

- Precisamos aprender a gerir as nossas mentes. No mundo todo se aprende a dirigir carros, mas não aprendemos a dirigir a nossa psique para evitar acidentes socioemocionais.

- A emoção, ao contrário do que milhões de pessoas em todos os povos acreditam, ela não amadurece. Quem amadurece a emoção é o “eu”, que representa a capacidade de escolha, o livre arbítrio, a consciência crítica, a identidade básica e assim por diante.

- O “eu” como piloto da aeronave mental, como diretor do nosso script, como dirigente da mente humana tem que dar um choque de lucidez na emoção. Mas não é isso o que ocorre, uma ofensa ou uma crítica é capaz de acabar com o dia ou a semana.

- Cada pensamento perturbado é registrado automático e involuntariamente, cada emoção angustiante é registrada sem a autorização do “eu”. Portanto, se a nossa emoção tiver um “cartão de crédito ilimitado” nós vamos comprar aquilo que não nos pertence.

- No mundo todo, a emoção é uma consumidora irresponsável. Quando o “eu” não é gestor da nossa mente, quando a emoção tem um “cartão de crédito ilimitado”, a tendência é entrarmos na lata de lixo da nossa memória. Consequentemente, a nossa psique perde a suavidade, o prazer, a leveza e o encanto pela vida.

- A educação mundial está doente, formando pessoas doentes para uma sociedade doente, porque ela não treina o “eu” para ser líder de si mesmo.

- Cada ação é fotografada e pode gerar janelas neutras, se não tiverem conteúdo emocionais, janelas light – se tiverem altruísmo, capacidade de reinventar e etc., ou pode ser as janelas killer – que têm conteúdo emocional angustiante que causa medo, hipocondria, futurofobia, claustrofobia e etc.

- No cérebro humano se constrói mais cárceres do que a cidade mais violenta do mundo. Nós não determinamos ter uma história, quem o faz é o nosso biógrafo conhecido como fenômeno RAM – Registro Automático da Memória.

- Tudo o que tem mais alto volume emocional é registrado de maneira mais intensa. Por exemplo, se você detesta alguém e quer vê-lo a quilômetros de distância, possivelmente ele vai dormir com você, perturbar o seu sonho e perturbar seu apetite.

- Quando construímos um pensamento perturbador, como uma ideia que não vai conseguir se reinventar ou não saber o que vai acontecer após a pandemia, é preciso que o nosso “eu” confronte esse pensamento para que não seja registrado como um ‘lixo mental’, o que vai aos poucos retirando a nossa liberdade.

- Uma excelente técnica para gerenciar pensamento e fortalecer a liderança do “eu” é o D.C.D. (Duvidar, Criticar, Determinar). Ela deve ser feita várias vezes ao dia, com coragem e emoção. Tudo que você crê o controla, duvide de tudo que você crê que o perturba.

- Só somos livres de fato quando saímos da plateia, entramos no palco da mente e discordamos das ideias angustiantes. Você tem a responsabilidade de determinar aonde quer chegar. Uma pessoa que eleva o tom de voz numa discussão perdeu o coração, é uma pessoa infantilizada.

- É preciso fazer, todos os dias, uma faxina mental. Se não o fizer, você pode até ser ótimo para a sociedade, mas será um carrasco para si mesmo. Você tem a obrigação de criticar cada pensamento perturbador, emoção tensa, pessimista e depressiva.

- É preciso elogiar todos os dias quem se ama e admira como os filhos, pais, colaboradores. Administrar emoção exige elegância, maturidade, capacidade do nosso “eu” ser protagonista da nossa história e impactar de maneira inteligente e estratégica quem está ao nosso redor.

- Ou a dor nos constrói ou nos destrói. O “eu” precisa transformar o caos em oportunidade, os dias mais tristes nos capítulos mais importantes da nossa história.

- A gestão das emoções faz com que possamos contemplar o belo, é preciso fazer muito do pouco. Estamos na era dos mendigos emocionais.

- Irritabilidade, dificuldade de conviver com pessoas lentas, sono de má qualidade, déficit de concentração e memória são sintomas que fazem parte da síndrome do pensamento acelerado. As pessoas estão tão agitadas que desenvolvem problemas psicossomáticos como gastrite, dor de cabeça, pressão alta e vivemos uma explosão do índice de câncer.

- Temos a necessidade doentia de apontar falhas. E quem aponta falhas tem, não apenas a síndrome do pensamento acelerado, mas está apto para conviver com máquinas e não com seres humanos. A pessoa que gere as próprias emoções, primeiro aplaude o erro: “eu aposto e confio em você, agora pense no seu comportamento”.

- Contemplar o belo não é olhar positivamente para os problemas, mas determinar aonde você quer chegar. Os sonhos te impelem para se reinventar e escrever os capítulos mais importantes da sua história nos momentos mais difíceis. Não espere as circunstâncias estarem favoráveis, crie-as.

- A esperança, a gestão da emoção, irriga-se quando o nosso “eu” deixa de ser espectador passivo para assumir o papel solene como ator principal do teatro da nossa mente.

- Observe os lírios dos campos dessa pandemia, há muitas flores para aspirarmos os perfumes. Dê sempre uma nova chance para quem você ama e para você mesmo.

A transmissão foi na noite desta quinta-feira (28.05) pelo Youtube da Fiemt. Assista:

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