A estudantes de direito Isabela Gaudie Lei, 19 anos, foi convidada para ser juíza de prova no Festival Sesi de Robótica, que ocorre entre os dias 15 e 19 de março, no estádio Mané Garrincha, em Brasília (DF). A jovem será a primeira juíza a representar Mato Grosso no evento – que reúne crianças e jovens, de 9 a 18 anos, em competições em quatro modalidades diferentes: First Lego League (FLL), First Tech Challenge (FTC), First Robotics Competition (FRC) e F1 in Schools.

Isa, como é carinhosamente chamada, será avaliadora na modalidade F1, que faz parte de um projeto internacional realizado pela própria Fórmula 1, com desafios profissionais envolvidos em uma corrida de carros do início ao fim, desde a criação da escuderia até o enfrentamento nas pistas. Ela será juíza em duas categorias: escrutínio, que é a conferência de medidas e regras dos carrinhos de competição, e pista: o carro precisa percorrer 20 metros em poucos segundos e é contabilizado o tempo do carro e a reação do piloto.

Para ela, esse é o momento de agregar novas experiências na área de robótica. “Minha história com a robótica já soma oito anos e só tenho a agradecer aos técnicos, aos professores e à escola por ter me permitido toda essa trajetória. Com mais essa oportunidade, pretendo aprender muito e, com certeza, repassar para outros estudantes, crianças e jovens, que sonham em participar do campeonato”, explica a ex-aluna do Sesi Escola e ex-integrante da equipe Tucaré, que compete na F1.

Sesi MT e Senai MT têm cinco equipes no maior festival de robótica do Brasil

Ainda segundo a estudante, representar Mato Grosso sendo juíza em um evento de grande porte como o festival é uma oportunidade para agregar conhecimento e levar o nome de estado e do Sesi MT para o restante do Brasil. “Quero agradecer a todas as pessoas que fizeram parte dessa história direta ou indiretamente e convidá-los a conhecer um pouco mais sobre a robótica, porque assim como ela transformou a minha vida, pode transformar a de outros estudantes também”, pontua.

Trajetória

Aos 10 anos, Isabela teve o primeiro contato com o mundo da robótica, ao ingressar no Sesi Escola Várzea Grande. O ano era 2015, e a menina cheia de sonhos participou de um processo seletivo para integrar uma equipe de robótica da escola, na modalidade FLL, que retornava do festival com diversos prêmios.

“Eu consegui passar e eu fiquei muito feliz. Foi um marco na minha história, pois com a equipe Yong Creators alcançamos várias conquistas e prêmios e todas essas participações em campeonatos foram essenciais para o meu desenvolvimento e crescimento”, lembra a jovem.

Ela ressalta que para além da diversão, teve desde muito cedo desenvolver responsabilidades, o que a levou para a segunda etapa na robótica: participar da equipe Tucaré, na modalidade F1 in Schools. “São modalidades muito diferentes. Agora, teria que construir uma microempresa, na qual cada integrante tinha uma função, uma responsabilidade e desenvolver e aperfeiçoar para todos em busca de um objetivo que é construir um carro mais rápido e ganhar prêmios”.

Isabela explica que o campeonato era muito novo no Brasil o que fez com que a equipe buscasse informações e pesquisas no âmbito internacional - inclusive, as regras do campeonato eram internacionais. “Nesse percurso, desenvolvemos habilidades como liderança, espírito de equipe, empreendedorismo, resolução de problemas. Isso são aprendizados para além da competição, valem para a vida”.

A jovem fez parte de três gerações da equipe Tucaré.- Confira aqui. Atualmente, Isa está no segundo ano da faculdade de direito e atua como assistente administrativa na gerência de Educação do Sesi MT.

Equipe Tucaré

A equipe Tucaré (tucano + jacaré) é a única equipe de Mato Grosso a participar do campeonato desde 2019 e o objetivo é levar o nome do estado para o mundo. As belezas naturais da região inspira o time em todos os aspectos, por isso, a identidade visual traz doi animais do nosso bioma pantaneiro: O tucano e o Jacaré. O tucano possui o bico aerodinâmico e leve, é uma ave extremamente leal e inteligente. Já o jacaré, por sua vez, possui uma cauda resistente e maleável, atingindo altas velocidades na água. Saiba mais sobre a equipe Aqui.

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Texto: Viviane Saggin