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Concerto da Orquestra Sesi MT reúne público e celebra a cultura em Matupá

10/11/2025 - 10h12
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Objetivo do projeto é levar cultura de excelência ao ar livre
e aproximar a música orquestral do cotidiano das famílias.
Foto: Divulgação

Sob o céu azul-profundo que anunciava a noite, o Complexo dos Lagos, no Parque Municipal de Matupá, se transformou em palco para a arte. As águas refletiam as luzes do evento como quem também assistia, silenciosa, ao concerto que reuniu a Orquestra Sesi MT e o cantor Thiago Sampaio em uma apresentação gratuita que levou centenas de pessoas a ocuparem as cadeiras e o gramado iluminados.

A proposta do projeto Sesi no Parque – Edição Matupá era simples e grandiosa ao mesmo tempo: levar cultura de excelência ao ar livre e aproximar a música orquestral do cotidiano das famílias matupaenses. E foi exatamente isso o que aconteceu.

As primeiras notas surgiram suaves, como se pedissem licença ao vento que soprava do lago. Aos poucos, o público silenciou — o tipo de silêncio que nasce quando algo importante está prestes a acontecer. As cordas da orquestra, conduzidas com precisão e sensibilidade, criaram uma atmosfera quase cinematográfica.

A voz marcante de Akane Iizuka arrancou aplausos intensos, enquanto Mari Azevedo, com seu timbre doce e potente, deu continuidade à apresentação com interpretações cheias de energia.

Na sequência, o cantor Thiago Sampaio subiu ao palco e imprimiu ao repertório um novo tom. Natural de Matupá, o músico viveu sua primeira experiência com uma orquestra e não escondeu a emoção — especialmente porque a noite coincidiu com seu aniversário.

“Hoje estou realizando um sonho. É um dia muito especial — por cantar com uma orquestra, por estar aqui em Matupá e por comemorar meu aniversário com o público da minha terra”, afirmou. Ele destacou o desafio artístico de adaptar o estilo sertanejo ao formato orquestral, afirmando que buscou se ajustar à sonoridade da orquestra, e não o contrário. Em sua participação, interpretou duas canções conhecidas do público — “Evidências” e “Chão de Giz” —, prometendo uma fusão entre o romantismo do sertanejo e a força da música de concerto.

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Entre o público estavam os jovens das bandas Águia Dourada,
de Matupá, e Raça Leal, de Guarantã do Norte. Foto: Divulgação

Jovens músicos e aprendizado coletivo

As cadeiras dispostas diante do palco, tingidas de azul pelas luzes, logo se preencheram. Famílias chegaram cedo, algumas trazendo cadeiras próprias para se acomodar no gramado. Entre o público estavam também os jovens das bandas Águia Dourada, de Matupá, e Raça Leal, de Guarantã do Norte, que participaram com entusiasmo do concerto.

Mais de 20 integrantes acompanharam atentamente cada movimento dos músicos, muitos deles em sua primeira experiência com uma orquestra ao vivo. O regente Emmanuel Miranda, responsável pelos dois grupos, celebrou a oportunidade de aprendizado e destacou o impacto da apresentação.

“Foi lindo, espetacular! Quando soubemos que a orquestra viria, fizemos de tudo para reunir o grupo. Ficamos encantados com os arranjos, o repertório e a condução do maestro. Tudo o que vimos aqui hoje acrescenta muito à nossa caminhada musical”, afirmou.

Miranda também ressaltou o papel social das bandas, compostas por adolescentes de 10 a 18 anos. “A música ocupa o tempo, afasta do caminho errado e abre horizontes. Ver o brilho nos olhos deles hoje foi gratificante. Essa noite foi uma verdadeira lição para todos nós.”

Parcerias que fazem a cultura acontecer

O evento foi resultado da parceria entre o Sesi MT e o Grupo Bom Futuro, que patrocinou a iniciativa. A ação transformou o parque em um espaço cultural completo: som de alta qualidade, iluminação precisa e estrutura que valorizou cada detalhe da noite.

Antes da apresentação, o maestro conversou com a plateia, agradeceu a recepção calorosa e reforçou o propósito do projeto: “Quando tocamos ao ar livre, para todos, cumprimos a missão maior da arte: estar onde o povo está.”

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Nas primeiras fileiras, Mafleine Batista aproveitou o evento
com a família toda. Foto: Divulgação

O gestor regional da Bom Futuro, Gilberto Posson, falou sobre a alegria de apoiar um evento que une música, cultura e cidadania. Ele destacou que ações como essa reforçam o compromisso da empresa com o desenvolvimento das pessoas e das comunidades. “O verdadeiro crescimento vai além da produtividade e dos resultados econômicos — acontece quando todos evoluem juntos: empresas, colaboradores e cidades”, afirmou Posson, ressaltando ainda que a música inspira também o trabalho e as relações humanas.

O prefeito de Matupá, Bruno Mena, ressaltou a importância do concerto como celebração da cultura e valorização dos artistas locais. Ele destacou o papel da música como instrumento de aprendizado e união da comunidade. “A orquestra representa a dedicação de quem vive da música. É uma forma de valorizar nossos artistas, como o Thiago, e a nossa banda municipal, que participa e aprende com essa experiência”, afirmou.

A reação do público

As últimas notas ecoaram pelo parque como uma despedida serena. O público levantou-se em aplausos longos, daqueles que demoram a cessar — não apenas pela música, mas pela sensação coletiva de ter participado de algo significativo.

Nas primeiras fileiras, Mafleine Batista, 42 anos, dona de casa, acompanhada das filhas Jéssica Maíra, 22, esteticista, e Débora Lídia, 25, designer de sobrancelhas, acompanhou cada música com entusiasmo. “Eu sempre quis ver uma orquestra assim e nunca tive oportunidade. E aí, na minha cidade, de graça ainda... sensacional!”, contou Mafleine.

“Eu também amei, todos cantaram muito bem, os músicos maravilhosos, gostei demais, foi especial!”, completou Jéssica. “Eu viria todos os dias, sem dúvida. Foi incrível, gostoso demais de ouvir. Venham mais vezes!”, disse Débora, sorrindo.

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O cantor Thiago Sampaio subiu ao palco e imprimiu ao
repertório um novo tom. Foto: Divulgação

Ao lado delas, o advogado Daniel Silva Mendanha, 28 anos, marido de Débora, assistia ao concerto com o pequeno Isaac, de 2 anos, no colo. “Foi muito bom participar e ver o trabalho da orquestra. Música de muita qualidade. A gente fica feliz por ter esse tipo de evento na nossa cidade — que voltem muitas vezes”, disse.

Também entre o público, Maricler Báques, 37 anos, acompanhada dos dois filhos, resumiu a experiência: “Amei, foi muito bom do começo ao fim. Espero que a orquestra volte mais vezes a Matupá, para vivermos momentos assim de novo.”

O concerto em Matupá reforçou a ideia de que a cultura, quando acessível e próxima das pessoas, cria laços que permanecem.

Texto: Viviane Saggin

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