Voltar

Família de Rondônia transforma regional de robótica em celebração de união, aprendizagem e cultura tecnológica

14/11/2025 - 10h44
festival
Comitiva veio diretamente de Pimento Bueno, Rondônia, para
a segunda ediçpão do Festival, em Cuiabá.
Foto: Viviane Saggin

Em meio ao burburinho característico dos torneios de robótica, uma família de Rondônia chamou atenção ao transformar a arena de competição do II Festival de Robótica Educacional de Mato Grosso, em uma verdadeira celebração de união, educação e entusiasmo pelo conhecimento. A agropecuarista Daniela Mara e o engenheiro civil Marcos da Silva Altoé viajaram com os quatro filhos — Bruno (14), Davi (12), Esther (5) e Clara (3) — para acompanhar mais uma disputa da equipe The Builders, do Sesi de Pimenta Bueno (RO). Até a secretária da família, Edite Silva, entrou para a torcida organizada.

Mara lembra que essa não é a primeira jornada ao lado dos filhos na robótica. Eles já estiveram juntos em etapas regionais e até em uma nacional, após a classificação da equipe no torneio de Belém. Mas, para ela, esta viagem tem um significado especial: é a primeira vez que todos estão reunidos para apoiar os meninos.

“Eu fico emocionada, ansiosa, dá vontade de chorar. Eles amam a robótica, e estar junto é muito importante. Não é só a gente que quer acompanhá-los — eles fazem questão da nossa presença, porque é uma validação do esforço deles”, conta.

Para a mãe, a robótica ultrapassa o limite do aprendizado técnico. O impacto é visível em habilidades que vão além das engrenagens e sensores:

“Antes de conhecer, eu via de um jeito; agora percebo o quanto eles crescem na comunicação, na cooperação e na convivência com outras equipes. A robótica é o futuro — une tecnologia e humanidade.”

Bruno, o mais velho, já tem três temporadas de experiência na equipe. Davi, por outro lado, vive a empolgação da estreia — e destaca que a presença da família faz toda a diferença.

“Eu sei que, se acontecer alguma coisa, eles vão estar ali para me ajudar”, diz o estudante.

festival
A equipe The Builders, que significa “Os Construtores”,
compete na modadlidade FLL. Foto: Viviane Saggin

O jovem explica que o nome da equipe, The Builders, significa “Os Construtores”, e fala com brilho nos olhos sobre os projetos que desenvolvem — entre eles, um sonar capaz de localizar objetos sob o solo, tecnologia que pode apoiar trabalhos de exploração e até pesquisas ambientais. O frupo compete na modalidadeFirst Lego League Challenge (FLL) e já conquistou prêmios, como o segundo lugar no Core Values do torneio realizado em Manaus.

Tecnologia, inclusão e descoberta

Davi também faz questão de destacar o que mais aprendeu na robótica: a importância da diversidade e do trabalho coletivo.

“Não importa se a pessoa é alta, baixa, gorda ou magra — todo mundo pode trabalhar em equipe. Até a menor criança pode fazer uma descoberta que mude a história.”

A experiência na etapa de Cuiabá, segundo ele, também surpreendeu pelo clima acolhedor.

“Achei o ambiente mais tranquilo do que outras etapas, como o nacional.”

Um retrato da educação que inspira

festival
Família unidade pela emoção da robótica.
Foto: Viviane Saggin

A viagem da família Altoé representa muito mais do que um deslocamento para uma competição. É um retrato de como a robótica educacional tem cultivado, em diferentes regiões do país, uma cultura científica que nasce nas escolas, ganha força nas famílias e se manifesta em forma de entusiasmo juvenil.

No sorriso de Bruno, nas descobertas de Davi e na torcida empolgada das irmãs mais novas, está um sinal de que a educação tecnológica, quando vivida coletivamente, gera laços, inspira futuros e cria memórias que vão além das medalhas.

O Festival

O II Festival de Robótica Educacional de Mato Grosso é uma realização da Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT), em parceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi MT) e com apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai MT). O evento acontece até domingo (16.11) no Sesi Escola Cuiabá e no anexo do Sesi Papa, na capital mato-grossense.

A segunda edição do festival reúne mais de 560 estudantes, com idades entre 9 e 18 anos, vindos de diversas cidades de Mato Grosso e Rondônia. A programação conta ainda com a participação de jovens voluntários de outros estados — Distrito Federal, Minas Gerais, Goiás e São Paulo — fortalecendo o intercâmbio cultural e educacional entre diferentes regiões do país.

Texto: Viviane Saggin

Acompanhe o Sistema Fiemt nas redes sociais:

Sistema FIEMT / SESI-MT - ​​Serviço Social da Indústria
Avenida Historiador Rubens de Mendonça, 4.193 - Centro Político Administrativo
Cuiabá - MT / CEP 78049-940 | Fone: (65) 3611-1500 / 3611-1555